Há uns tempos prometi-vos
que iria fazer uma análise extensa deste episódio. Por isso, aqui vai!
Assim que o episódio “abre”,
deparamo-nos com uma uma falésia pontiaguda com uma escultura de uma donzela no
topo, e isto tudo numa noite sombria, estando o mar bastante turbulento.
Ouvimos aquela música da 4Kids muito misteriosa e nostálgica, o que nos leva a
crer que vai acontecer algo curioso! E acontece, ora! Subitamente, aquela
escultura de uma donzela liberta um espírito (!) e ouve-se uma voz feminina a
rogar pelo regresso do seu amado…
Note-se a animação do
espectro assim que surge, muito bem! http://i49.tinypic.com/34ytus5.jpg
Mas, de repente, a alma
penada da donzela transforma-se num Gastly, o Pokémon fantasma! Um início
sinistro para um episódio sinistro…
O título é “O Fantasma do
Pico da Donzela”, uma tradução quase literal do título inglês “The Ghost of
Maiden’s Peak”.
O Ash, a Misty e o Brock – o
trio original! – estão no barco que os levou de Portavista para continuarem a
sua viagem.
A Misty e o Ash identificam
o Pico da Donzela, e aí o Ash, estranhamente e com toda a certeza
inconscientemente, deixa-nos com uma rima estranha: “É para lá que vamos, não
tarda atracamos!”. O Brock, ao contrário do Ash e da Misty, que se sentem
entusiasmados, sente-se desiludido com o Verão que desperdiçou mais uma vez,
pois para ele o Verão é sinónimo de “fatos-de-banho e as raparigas que os usam”
(e aí vemos três raparigas a posar em bikini na fantasia do Brock!). Num
momento dramático, o Brock põe-se de joelhos no chão enquanto está a ser
iluminado por um foco de luz.
A Jessie, o James e o Meowth
também viajam no barco!... Ou melhor, viajam POR CAUSA do barco. Estão os três
em meio barril, presos por uma corda ao barco, que os arrasta. O Meowth comenta
que eles estão mesmo acabados. Calma, Meowth, ainda só estão no vosso 19º
episódio, ainda têm pelo menos mais uns 700 episódios! A Jessie, dos três, é a
única que consegue ver o lado positivo da coisa.
As coisas interessantes que
vemos no Festival do fim de Verão são: máscaras de Pikachu, Abra, Squirtle,
Weedle, Voltorb e Electrode, conseguimos ver um balão de Jigglypuff, um Zubat
colado numa das barracas e, para já, é tudo.
O Brock vê uma rapariga e
interroga-se sobre quem ela é. Vemos uma versão “em carne e osso” da donzela do
início do episódio, com uma flor no cabelo (aquilo há-de ter um nome mais
específico), o seu cabelo roxo-claro, um colar de pedras azuis, uma bandelete
rosa e umas pulseiras e uma cena à cintura no seu vestido branca. Vê-se, à
partida, que há algo de fantasmagórico nesta donzela! E o Pikachu vê-o bem,
assim que o Brock a perde de vista por ter sido atropelado por uma multidão de
turistas. A donzela transforma-se num Gastly que faz um olhar ameaçador ao
Pikachu antes de desvanecer!...
No meio disto tudo, o Brock
troca os seus olhos em forma de coração por uma data de pegadas…
A Jessie planeia apoderar-se
do dinheiro que as pessoas deixam cair! O Meowth quer antes algodão doce. Aí, o
James vê a mesma donzela que o Brock viu e que o deixa igualmente encantado! A
Jessie e o Meowth distraem-no e ele perde-a de vista.
Seguidamente vemos um pouco
do Carnaval do Brasil e temos mais cenas do festival. Aqui ouvimos muitos
turistas, particularmente turistas ingleses (que se ouvem bem!). Reparem como o
Festival é todo muito japonês. Este episódio está repleto de referências à
cultura japonesa (é natural, é lá que o Pokémon é feito), algo que entretanto
diminuiu muito, hoje em dia a série está de tal modo internacional que é mais
incomum encontrar uma referência mais “berrante” ao Japão.
Uma velha estranha aborda o
Brock. Curioso como é uma mulher dobrada por um homem, Rui Luís de Brás! O
Brock diz-lhe que ela não é linda :P A velhota não parece aceitar o comentário
e, a seguir a olhá-lo através de uma lupa, avisa-o para ter cautela com uma
“bela jovem” que o poderá levar a um destino cruel!...
A Misty acha-se a linda
rapariga em questão, mas a velha diz que não, nada disso, não é de nenhuma
tagarela e magricela como ela, ahah, toma! O Ash apoia a velhota, e a Misty
indigna-se com ambos e leva-os a todos para longe da mulher! O Brock parece
hipnotizado.
Entretanto, após
desesperarem e fazerem referência aos nossos velhos amigos escudos (que se
calhar se vão reencontrar connosco em breve!), a Jessie, o James e o Meowth
encontram uma moeda americana (vê-se bem o Lincoln Memorial), lá está, dos
turistas americanos todos. O James diz que são 20 escudos, está confundido, de
certeza.
A mesma velha feia de há
pouco aborda-os e diz-lhes que o futuro deles não é nada bom… E o James fala
aqui da polícia, do xerife e do FBI. A velhota vidente diz que será uma bela
jovem a guiá-los ao abismo, e aí o James parece já familiarizado com a
situação:
“Não preciso de uma vidente
para me dizer isso, há sempre alguma mulher a meter-me em sarilhos, é uma
maldição, aahh.”
A Jessie envia o barrete (em
mais uma imagem digna de ser destacada em termos de animação!). A Agente Jenny
surge a confunde tudo, agradece-lhes o facto de estarem a prestar um serviço
público ao recolherem dinheiro perdido. O TRio é composto por cidadãos tão bons
e observadores, de acordo com a Jenny! Muito bem!
Um padre com bigode
cumprimenta as pessoas e diz que vai exibir o santuário do maior tesouro da
donzela. Conta que durante 2000 anos aquele quadro esteve no santuário e que é
tradição removê-lo e expô-lo durante o festival.
Assim que destapa o quadro,
num momento curioso, vemos a donzela a aparecer gradualmente (mais uma vez,
destaco a animação, desta vez do quadro!).
“É gira!”, diz o Meowth.
O Brock e o James
apercebem-se imediatamente de quem aquela rapariga é. Começam a olhá-la quase
como se estivessem em transe, isto tudo acompanhado por um pedaço de banda
sonora constituído maioritariamente por piano, criando um momento bastante
absorvente.
Quase como zombies, os dois
começam a aproximar-se, até que o tal padre os impede e conta-lhes que a mulher
do quadro morreu há mais de 2000 anos, e aí conta a história dela, de como o
seu amado a deixou para ir para a guerra (note-se que o amado dela está vestido
meio à viking, apesar de não o ser bem, é mais à típico guerreiro japonês,
daqueles que aparecem muito em jogos como Dragon Quest e assim) e que nunca
mais regressou, tendo esperado eternamente naquele lugar até que o seu corpo se
transformou em pedra. Preciso de falar da animação da cena? Gosto sempre de
quando usam aquelas sombras e tal. A voz da Teresa Madruga fica mesmo bem na
princesa, está precisamente algo fantasmagórica, tal como se pretende. E o
padre, Rui de Sá, está excelente.
O Brock e os amigos vão para
o lugar onde está o rochedo, estando já o sol a pôr-se. O James e o resto da
Team Rocket também lá estão, mas o James está menos calmo, a Jessie até o tem
de agarrar para que ele não se atire!
O Brock afirma que, caso
fosse namorado dela, nunca a abandonaria! E o James diz que ninguém a roubaria
e que ele lutaria contra todos por ela, mesmo se fosse contra a Team Rocket,
ahah! A Jessie diz que ele é doido e o Meowth sugere algo(atenção que nesta
altura dizia-se o plural Pokémons, com “s” no final, só mais tarde é que se
começou a fazer, e bem, o plural sem “s”): “Os Pokémons são valiosos, mas as
obras de arte também – vamos fanar aquele quadro!”. A Jessie apoia!
Nisto, a Jessie larga
inconscientemente o James, que começa a cair e apela à Jessie que o segure! Ela
fá-lo e… caem os dois à água.
“O Team Rocket está a
passar-se…” (mais outra nota: nesta altura dizia-se “o Team Rocket”, com “O”,
em vez de “a Team Rocket”, com “A”)
Cai a noite. O Brock
continua ao pé do rochedo da donzela. O Ash diz “Por mais tempo que esperes,
Brock, um rochedo é um rochedo, pá!”. A Misty insiste que se vão embora, e o
Brock diz para irem, ele fica bem.
No Centro Pokémon vemos um
relógio de cuco – ou melhor, um relógio de Pidgey! O Ash e a Misty estão
preocupados com o Brock, mas, quando decidem finalmente ir buscá-lo, a
Enfermeira Joy impede-os! É curioso ver que o Centro Pokémon tem daquelas
grades que descem e sobem.
E a Joy está preocupadíssima
com o sono do Ash, dormir mal faz mal à pele, deixa o Ash nervoso e dá-lhe cabo
do apetite!
Entretanto, a Team Rocket
está a dormir como Kakuna, nuns sacos-cama suspensos. Toca o despertador do
Meowth, que o acorda e o avisa que são horas de ir roubar o quadro, e ele tenta
acordar então o James e a Jessie. No entanto, eles os dois não parecem muito
importados: a Jessie fala do seu sono de beleza e o James parece estar a sonhar
com a donzela.
Uma rajada surge e, graças a
ela, abrem-se as portas do santuário. O Meowth vê o espectro da donzela a sair
do santuário, que o assusta e o faz gritar! Então, o fantasma emite uma onda
qualquer que põe o Meowth a dormir…
O fantasma aproxima-se e
chama “Meu amor.”, acordando o James. Destaque para a animação aqui: http://i45.tinypic.com/8t5i.jpg
E grande interpretação do
Peter Michael nesta cena, a perguntar à donzela se era mesmo ela.
No outro lado do santuário,
o mesmo fantasma aparece ao Brock, e diz-lhe que esteve à sua espera! E é
curiosíssimo ver o mesmo dobrador, Peter Michael, aqui a fazer a mesma pergunta
(“És tu, és mesmo tu?”) mas com uma voz e uma abordagem completamente diferente
da que fez há pouco com o James.
Chega a manhã e o Ash, a
Misty e o Pikachu procuram o Brock de um lado do santuário, enquanto do outro a
Jessie e o Meowth procuram o James! Encontram-se os grupos!...
Após o “Quem É Este
Pokémon?” (é o Gastly!!), voltamos ao confronto entre os fedelhos e a Team
Rocket.
“Bleck!”, diz a Jessie.
“A dobrar!”, afirma o Ash,
armando-se em espertalhão a tentar citar a fala do James no lema.
“Finalmente encontrei-te!”. A Jessie está
confundida, deve ser mesmo por causa da fala anterior do Ash. “Não, espera, não
era de ti que andava à procura.”
“Também estás à procura de
alguém?”, pergunta o Ash, agora deve querer mesmo o lema da Team Rocket. E a
Jessie dá-lho, vamos!
“O azar está a chegar! E vai
ser o azar a dobrar!”. Como não há James e as falas não podem ficar sem rima, a
Jessie diz as falas dele.
“Dizer isto sozinha é uma
seca!...”. Não é, Jessie, força com isso!
“Para proteger o mundo da
devastação! Para unir todos os povos da nossa nação!” (quando diz a fala dele,
tenta ocupar rapidamente o seu lugar e pegar numa rosa, tal como o James faria)
“Para denunciar os males da
verdade e do amor!”
“Para conquistar todo o
universo em redor.”. Uma voz interrompe e deixa a Jessie confusa.
“Jessie?”
“E James.”
“Team Rocket à velocidade da
luz vai atacar?”
“Ai, ai! Rendam-se agora ou
preparem-se para lutaaaar!” E cai o James ao chão, vindo de dentro do santuário
com os olhos todos trocados, como se estivesse sob o efeito de estupefacientes.
Este é um lema único, e é
sem dúvida interessante que os escritores da série estejam já a experimentar
coisas, estando a série ainda tão no início. Este lema é um dos pontos altos
deste episódio, acho que nunca mais tivemos uma coisa do género. Tivemos coisas
parecidas, como o lema de Sinnoh em que a Jessie adormece a meio por causa do
Hippopotas e o James imita-a nas suas falas e houve ainda uma vez em que a
Jessie não estava e o Meowth fez as falas delas, excepto a “Para denunciar os
males da verdade e do amor!”, que o James disse (daí a semelhança). Mas nenhuma
destas cenas é igual à deste episódio. Até porque não houve lá muitas
oportunidades: esta é uma fase em que o Meowth ainda acha que o lema é uma
perda de tempo, só lá para as Ilhas Laranja é que começa a gostar dos lemas; a
partir daqui, sempre que ou a Jessie ou o James não estão, o Meowth diz as
falas do agente em falta. Talvez se o episódio tivesse sido feito mais tarde
não tivéssemos esta cena, talvez o Meowth dissesse as falas do James e depois
este o interrompesse. Mas isto é especulação, falemos do que temos, que está
muito bem feito.
A interpretação da Teresa
Madruga também está sublime, assim como as poucas falas do Peter Michael como
James estão excelentes.
A Jessie comenta, então, que
o James está horroroso, e o Meowth concorda e reforça! O Brock também sai de
dentro do santuário.
Depois é engraçado ver o Ash
todo amigo do Brock, a segurá-lo e a perguntar-lhe o que aconteceu, e comparar
isto com a Team Rocket: o James agarra-se à perna da Jessie todo contente e ela
passa-se com isto, abanando-o e deixando-o KO.
A velha vidente surge. O Ash
diz “A velhota!” mesmo à frente dela, o que tem bastante graça, se pensarmos
nisto. A velhota diz que os dois viram o fantasma da donzela, tal como ela
previu! O Brock e o James continuam meios em êxtase e agarram-se um ao outro,
dizendo que gostam dela.
“Eles estão possessos!”, diz
o Ash. E o Pikachu faz o seu trabalho, despertando-os. O Brock regressa à
realidade, assim como o James, que fica felicíssimo, andando de um lado para o
outro com um sorriso meio parvo :)
A velhota explica que, desta
vez dentro do santuário, que é comum que as pessoas caiam no feitiço. Aí, a
velha fala em “zombies” e em “energia vital”, dois termos que raramente
aparecem no Pokémon. Ela diz que os homens que parecem zombies sem energia
vital se põem a balbuciar como idiotas. Quando ela o diz, os fedelhos e a Team
Rocket começam todos a olhar para os lados, como se não fosse nada com eles,
eheh.
Então a vidente diz que é
obra do fantasma da donzela, que ainda está à espera do seu homem.
O Brock diz que isso não lhe
interessa, ele quer é estar com ela. Mas o James não, naturalmente, o encanto
já lhe passou, e isto tudo, suponho, graças à sua imensa destreza mental e
força de vontade digna de um dos agentes mais competentes da organização do
Giovanni.
A vidente diz que só há uma coisa
a fazer! Autocolantes anti-fantasmas, que prontamente cola na cara do James e
do Brock. Mas… Eles custam dinheiro! O dinheiro que está naquela máquina é
bastante curioso, vejam: http://i45.tinypic.com/2h57n2w.jpg
Decidem todos então colar os
autocolantes em toda a parte: em todo o santuário, em todo o James e em todo o
Brock. A Jessie põe mesmo um na boca do James para que ele se cale, eheh.
Algumas horas passam e… A
donzela chega! O Brock recebe-a com todo o seu amor, dizendo que tem estado à
sua espera. Já o James revela mais uma vez que já dominou os poderes de sedução
hipnótica do fantasma, afirmando estar com medo!
O Brock e
o James elevam-se no ar em direcção à donzela, e o James pergunta porque é que
os autocolantes não estão a funcionar! A Jessie e o Meowth explicam que os
arranjaram de graça, foi numa promoção dois por um, era uma pechincha, ahahah!
E isto
leva o James a afirmar que não quer ir, categoricamente! Mas, sem querer,
larga-se, sendo puxado para a donzela.
A donzela
põe-se perto do seu rochedo, por cima do mar, como se quisesse atrair o James e
o Brock para a morte! O Brock é agarrado pelo Ash e pela Misty e fica chateado,
quer que o larguem! Mas o James não tem ninguém a agarrá-lo e vai para perto do
fantasma!
Está tudo
perdido, parece-me. Ou não. Um tiro de bazooka aparece de repente e atinge a
donzela, que, apesar de não parecer magoado, desconcentrou-se momentamente, de
tal modo que o James se liberta! Mas quem é que tem a bazooka? É a Jessie!
Muito bem!
Ela diz ao
fantasma que não terá a mínima hipótese de levar o James! Sem medo, bravo,
Jessie! E então o James, que tinha caído ao mar, sobe pela falésia acima e olha
para a Jessie com um brilho nos olhos (de paixão?) e diz:
"Gostas mesmo de mim!”
E a Jessie
responde:
“Não é por
causa de ti.”. Oh, Jessie. “Miúdas assim metem-me nojo! Sempre à espera do seu
homem como um bicho de estimação, ela não aguenta perdê-lo, ela chora,” - e
aqui a Jessie mostra umas lágrimas falsas - “mas eu diria ‘Adeusinho!’. Há mais
peixe no mar.” (e o Meowth, preocupadíssimo com a situação, naturalmente, diz
que um peixe já vinha a calhar…)
Grande
Jessie, sem papas na língua, mostra-lhe quem manda! Mas a donzela diz que ela não pode interferir
e mostra uma faceta mais sombria, pondo o seu cabelo todo no ar à sua volta
(típico dos fantasmas)!
Umas
caveiras arrepiantes surgem a guinchar, deixando-os a todos com medo! O Ash
tenta ver se é um Pokémon… Mas o Dexter diz que não há registo de um Pokémon.
As caveiras começam a movimentar-se na sua direcção, rodeando-os! E isto leva a
que o Ash, sem querer, vire o Pokédex para outro lado. O Pokédex avisa aí que
está a pesquisar, e o Ash e a Misty testam várias direcções.
Quando o
Pokédex fica em frente ao Fantasma do Pico da Donzela, o Dexter diz que
encontrou! E descreve o Pokémon Gastly!
A donzela
revela então que é um Gastly. Mas, além disso, é também a velhota misteriosa! Mas
a sua essência é a de um tenebroso Gastly.
O Ash
desafia-o para um combate! Mas o Gastly, que fala, não teme. Para atacar o
Pikachu, cria uma ratoeira gigante que o persegue! O Meowth, valente, diz que
as ratoeiras não o magoam e decide então atacar, mas o Gastly cria uma bola de
brincar que o faz parar imediatamente de lhe querer espetar as suas garras para
começar a brincar com ela.
Agora é a
Jessie que decide atacar, e fá-lo com o seu Ekans, que é repelido por um Mongoose
(provavelmente o tradutor achou que era um Pokémon mesmo, daí não ter traduzido
o nome, visto ser um animal a sério, um mangusto), que diz “Hora da papa!”, querendo alimentar-se
da cobra da Jessie!
E a Jessie
diz ao James que é sua vez, batendo-lhe com a mão na sua mão. E o James, ainda
meio atarantado, ordena o seu Koffing que ataque com Gás Venenoso, que
alegremente o faz. Mas, infelizmente, o Gastly faz com o Mongoose (o tal mangusto) cresça e
ganhe uma máscara de protecção, dizendo “É proibido fumar” e pisando o pobre
Koffing!
Oiçam bem
a música de fundo, é capaz de ser uma das mais nostálgicas!
O Ash
decide voltar à luta (deve ter percebido que não pode deixar que sejam os
vilões a salvá-los!) e escolhe o Charmander. E aí o Gastly transforma-se em
extintos e persegue o Charmander, que teme pela sua chama na cauda. O Ash está
furioso. Manda então o Squirtle e o Bulbasaur atacarem juntos!
E aqui
temos a cena mais famosa do episódio – o Gastly cria as formas evoluídas do
Bulbasaur e do Squirtle, um Venusaur e um Blastoise! E os dois Pokémon fazem
uma dança de fusão (numa referência óbvia ao Dragon Ball Z) e combinam-se num
Pokémon interessantíssimo – um Venustoise! O Squirtle e o Bulbasaur ficam
cheios de medo e desistem, assim como o Ash.
Está tudo
perdido, o Gastly é muito forte.
Mas não temam!
A Misty ainda não fez nada! É a hora! Ela mostra uma cruz cristã ao Gastly,
numa tentativa de o repelir. Mas o Gastly parece confuso… E a Misty também tem
alho, uma estaca e um martelo, diz ela toda satisfeita, ahahah. Andou a ver
muito Crespúsculo, de certeza…
Pelo menos
serviu para deixar o Gastly confuso, que lhe pergunta se tem cara de vampiro…
Então, ouvimos badaladas de um sino! O Gastly ouve e parece estar em agonia.
Parece que ele não aguenta a luz do sol e tem de ir embora! Mas não sai sem
lhes dizer que voltará para o ano, e ordena-lhes que não se esqueçam do
fantasma da donzela. Desaparece.
O Ash, o
Pikachu, a Misty, o Brock, o James e a Jessie ainda parecem um pouco assustados
e confusos. Mas o Meowth quer lá saber, ele quer é ver o sol!
Então
vemos mais uma parte das celebrações do festival, em que várias lamparinas de
papel em barcos pequenos são lançadas ao mar. E aí aparece um Chimecho? Vejam: http://i45.tinypic.com/343hwms.jpg
Interesting. Não é, com certeza, um Chimecho mesmo. Mas é uma imagem muito
interessante.
O lançamento
dos barcos (que o Ash parece só conseguir fazer com a ajuda da Joy) é para
iluminar os espíritos perdidos para que encontrem o caminho para casa! E vemos
o fantasma da donzela num dos barcos, sentada no ar serenamente.
“Este
Verão acabou.”, diz o Gastly. “Mas a tua lenda continuará a viver”. A donzela
tranforma-se na velhota e olha para o rochedo. E do rochedo sai o verdadeiro
fantasma da donzela, que agradece.
O Gastly
diz que gosta de ajudar a que as lendas permaneçam vivas e… também gosta de
receber um dinheirinho! Ahah! A donzela diz que se verão no próximo festival e
que continuará a aguardar a chegada do seu amor. O Gastly diz que, se alguma
vez o encontrar, lhe dirá que a sua amada ainda o espera. E a donzela, quase a
chorar, agradece e desaparece.
Entretanto,
o Brock está a olhar para o rochedo. “Se fosses 2000 anos mais nova!...”
E o
festival tem a sua última celebração. A Team Rocket está alegremente a bater
nos tambores tradicionais japoneses.
“Acho que
estou a fazer um trabalho dos diabos!”
“Vamos a
uma bela batida!”
O Ash, vestido
com um kimono ou lá o que aquilo é, ainda se interroga acerca do Gastly. E
aparece a Misty!... Também vestida com uma roupa japonesa, com um leque e com o
seu cabelo para baixo, acompanhado por um fundo cheio de brilho e por um efeito
de som que implica o aparecer de algo brilhante, deixa o Ash sem palavras. Puxa
por ele e vão todos dançar!
Vemos a
Agente Jenny e a Enfermeira Joy também vestidas com um kimono a dançarem
também, em vez de estarem a trabalhar.
E acaba
assim o Verão para os nossos heróis. O Narrador comenta que ainda há esperança
para o Brock, que não deve desanimar.
E cessa
assim um dos meus episódios preferidos do Pokémon. Este episódio é uma grande
amostra da cultura japonesa e contém muitíssimos elementos que o tornam
riquíssimo. Até deve ser dos episódios mais ricos, um dos episódios em que os
escritores deram mais largas à imaginação e não tiveram medo de arriscar.
Atenção que este episódio foi escrito por Takeshi Shudo, o escritor principal
da primeira série e uma das pessoas mais adoradas pelo público mais velho do
Pokémon, principalmente por aqueles que são fãs da Team Rocket. E é um episódio
que conjuga na perfeição um clima mais sério – adulto -, com um clima mais
assustador (consta que há muitos de nós que não conseguiam ver este episódio
por terem medo :P) mas que consegue, simultaneamente, ter elementos de comédia
que amenizam a situação.
A animação
está muito boa, muito ao estilo da primeira série, em que a qualidade estava no
talento dos animadores. Há algumas partes que não estão perfeitas, mas há
outras que estão lindamente bem e que compensam à vontade.
E este
também é um episódio um pouco amostra da primeira dobragem do Pokémon, que tem
muita qualidade. O Brock aqui parece bastante mais novo em termos de animação,
comparando-o com o Brock de Sinnoh, e é interessante ver como a voz do Peter
Michael parece concordar com a animação, fazendo um Brock mais novo também
vocalmente. A Jessie e o James estão intocáveis.
Se tivesse
de destacar vozes, destacaria a do Peter Michael como Brock e a da Teresa
Madruga enquanto Jessie, empatados. Acho que são os que têm melhores momentos
no episódio.
E, pronto,
fico por aqui. Este é um episódio que qualquer fã do Pokémon devia ver, é
absolutamente lapidar e é dos melhores que já saíram dos criadores do Pokémon.
Ash – Maria João Luís
Misty – Helena Montez
Brock – Peter Michael
Jessie – Teresa Madruga
James – Peter Michael
Meowth – Rui Luís de Brás
Agente Jenny – Teresa
Madruga
Enfermeira Joy – Helena
Montez
Padre – Rui de Sá
Velhota – Rui Luís de Brás
Gastly – Peter Michael
Donzela – Teresa Madruga
Pokédex – Peter Michael
Narrador – Rui de Sá
Ainda hoje sinto arrepios ao ver o episódio :P
ResponderEliminarBom trabalho PTOLDMAN!
Que análise fantástica!!! Recordo-me bem deste episódio, é para mim um dos melhores.
ResponderEliminarTítulo PT-PT BW017 Actualizado! ^^
ResponderEliminarBW017 - http://bulbapedia.bulbagarden.net/wiki/BW017
Grande análise, PTOldMan, deu mesmo prazer ler! Nota-se uma enorme diferença naquilo que se sente do Pokémon no princípio. Um dos melhores "fillers" de sempre, sem dúvida. Só tens um defeito: nunca deixas nada para acrescentarmos :)
ResponderEliminarSó uns pequenos erros, que é natural aparecerem num texto tão grande:
- “Ai, ai! Rendam-se agora ou preparem-se para lutaaaar!”, está da cor errada, devia ser azul do James (que é quem fala), não roxo da Jessie.
- "O Brock e o James continuas meios em êxtase", é "continuam".
Obrigado, já corrigi ;)
EliminarPtoldman@ referis-te que as audiências no Japão estavam a baixar, mas não... Estão com a mesma média de audiências da saga DP, posicionando-se na 8ª posição ou por vezes 7ª (como de costume).
ResponderEliminarA Pokeplus costuma postar este tipo de informações ( como se pode ver aqui: http://www.pokeplus.net/drupal/ranking-de-audi-ncia-de-animes-0207-0807 ), portanto não tem nada a ver com o facto de a Team Rocket estar mais séria ou não, apenas está no bom caminho o Anime.
Talvez a média de BW até agora seja igual à de DP, mas atenção que os primeiros episódios em geral têm sempre mais audiências que os posteriores, independentemente da "qualidade" dos mesmos, e muitos dos "fillers" são mais vistos que episódios "importantes", não há verdadeiramente um padrão na suposta qualidade dos episódios e audiências em relação ao Japão. E DP já terminou, enquanto que BW, que ainda não, só deve ter tendência para piorar (em geral), porque há sempre aqueles que deixam a meio, e é mais complicado começar a meio, do que desde o princípio.
EliminarRelembro também que um dos episódios recentes do Japão (mas não dos últimos) teve o pior rating de sempre de um episódio de Pokémon.
*"Relembro" não, "Devo avisar".
EliminarMuito obrigado a todos pelas vossas palavras, são muito gentis!
ResponderEliminarRelativamente às audiências, eu apenas estava a comparar os episódios antes e depois do especial do metro. Podem ver aqui as audiências de todos os ep do Pokémon, e BW é o grupo 4 http://wiki.ポケモン.com/wiki/アニメのサブタイトル一覧#.E3.83.9D.E3.82.B1.E3.83.83.E3.83.88.E3.83.A2.E3.83.B3.E3.82.B9.E3.82.BF.E3.83.BC_.E3.83.99.E3.82.B9.E3.83.88.E3.82.A6.E3.82.A4.E3.83.83.E3.82.B7.E3.83.A5
Posso tentar fazer uma média das audiência, mas parece-me que os números são menores do os números de antes do especial do metro.
O episódio do Tepig mais recente teve realmente a pior audiência de sempre. Não estava nada à espera... Realmente nota-se um declínio no ranking, mas eu continuaria a defender que DP e BW estão mais ou menos em pé de igualdade.
EliminarAgora digo mesmo: parabéns ao autor deste blogue, que está excelente e muito interessante, e que continue com o bom trabalho! Gostei deste artigo! ;)
ResponderEliminarHm... Pelo que me lembro do episódio (dobrado em português europeu, claro!) acho que o mangusto (que era o Gastly disfarçado) disse «Hora da papa!» e não «Monte de papa!» (e, já agora, acho que não queria comer realmente o Ekans da Jessie, mas sim apenas assustá-lo). «Oiçam bem a música de fundo, é capaz de ser uma das mais nostálgicas!» - de facto, é uma excelente versão de «Burning Battlefield» (é como se chama a música em causa), que já não se ouve (penso eu) desde a 8º temporada de Pokémon, infelizmente. E sim, o Ash e a Misty tinham vestido quimonos. ;)
Ah, já agora, faço uma crítica (construtiva) a este artigo: acho que seria melhor por o nome do animal em português do que em inglês e a começar por letra minúscula do que maiúscula, ou seja, «mangusto» em vez de «Mangoose». :\
EliminarObrigado pelos comentários!
EliminarFui confirmar e, de facto, o Gastly diz "Hora da papa!" e não "Monte de papa!", muito obrigado pelo reparo! É uma das consequências de ter feito este artigo à noite, há sempre erros do género, tento evitar, mas é inevitável!
Relativamente ao Mongoose/mangusto, editei e deixei nota do nome português do animal, mas não posso evitar o Mongoose, visto ser o termo usado na versão portuguesa do episódio.
Obrigado, mais uma vez!
Então o termo foi usado aqui em Portugal? Então, desculpa e obrigago! :-)
EliminarPerdão pelo erro ortográfico: «obrigago»=«obrigado».
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